Prévia: Rangers x Cardinals na WS

World Series 2011

Hoje começa a World Series da MLB. Desde abril, as 30 equipes lutaram entre si, porém ao final só duas atingiram o objetivo de chegar à decisão da liga. Vitórias doces, derrotas amargas, surpresas e decepções são marcas da temporada 2011. Agora, é a hora de Texas Rangers e Saint Louis Cardinals escreverem o último capítulo desta história.

Para a última série da temporada, o Blog do Beisebol fez uma última análise sobre os dois times.

ROTAÇÕES

– Texas Rangers
Composta por CJ Wilson, Colby Lewis, Derek Holland e Matt Harrison, a rotação dos Rangers pode ser considerada o ponto mais fraco da equipe. Apesar do bom desempenho de Wilson e Harrison durante a temporada regular, nenhum dos quatro starters obteve grande sucesso nessa pós-temporada. Na série contra o Detroit Tigers na ALCS, por exemplo, nenhum deles saiu com a vitória em qualquer um dos quatro triunfos texanos. Outro grande risco que essa rotação terá enfrentando os Cardinals é o fato de que três desses pitchers (Wilson, Holland e Harrison) são canhotos, enquanto a melhor parte da lineup dos Cardinals é destra (Albert Pujols, Matt Holliday, David Freese), além de contar com rebatedores ambi-destros, como Lance Berkman.

– Saint Louis Cardinals
Formada por Chris Carpenter, Jaime Garcia, Edwin Jackson e Kyle Lohse, a rotação dos Cards tem, na teoria, um conjunto mais forte de arremessadores. Porém, levando em conta o desempenho desses quatro jogadores nesses playoffs, essa tese parece não se confirmar. Com exceção do jogo 5 da NLDS, em que Carpenter arremessou um jogo completo sem ceder corridas contra os Phillies, os pitchers titulares apresentaram desempenhos abaixo da média, principalmente nos jogos contra os Brewers pela NLCS (em parte justificável, já que o time de Milwaukee tem um ataque poderoso). Para essa série contra os Rangers, boas partidas dos starters serão fundamentais, principalmente nos jogos em Arlington.

Vantagem: Cardinals!


BULLPENS

– Texas Rangers
Contando com o desenvolvimento de alguns jogadores e reforços adquiridos no meio da temporada, o bullpen texano progrediu muito em relação ao de 2010. E isso pôde ser visto nesses playoffs: os arremessadores reservas saíram de campo com 4 das 7 vitórias que os Rangers obtiveram. Mas essa não é a estatística mais importante. Alexi Ogando, que integrava a rotação na temporada regular, foi para o bullpen e faz um excelente trabalho: apenas uma corrida cedida em 10.1 entradas. Scott Feldman, que teve problemas com contusões durante o ano, também faz um excelente trabalho, pois não cedeu qualquer corrida em 8.2 entradas. Além disso, nomes como Mike Adams e Darren Oliver transmitem experiência e inspiram confiança. E, claro, isso tudo sem falar no closer Neftali Feliz, que no auge de seus 23 anos vem batendo a porta na cara dos adversários na 9ª entrada. Com uma rotação tão questionada, o bullpen será a peça chave para os Rangers nessa série.

– Saint Louis Cardinals
Da mesma forma que nos Rangers, o bullpen dos Cardinals foi fundamental para que a equipe chegasse à World Series. Fernando Salas e Octavio Dotel têm transmitido confiança nessa pós-temporada. Marc Rzepczynski, apesar de uma péssima Divisional Series, se recuperou na League Championship Series. Lance Lynn apareceu em 5 das 6 partidas contra os Brewers e não cedeu nenhuma corrida. Arthur Rhodes tem feito muito bem o trabalho de especialista canhoto e pode ser importante num confronto contra Josh Hamilton, por exemplo. E, se do outro lado, Feliz faz um ótimo trabalho, o closer Jason Motte não deixa nada a desejar: até o momento, foram 8 IP, nenhuma corrida, uma única rebatida, nenhum walk, 7 strikeouts e 4 saves nas 4 situações possíveis. Tudo leva a crer que, mais do que um duelo de starters, teremos uma batalha de bullpens na série.

Vantagem: Rangers!



ATAQUES

– Texas Rangers
Completo. Essa é a melhor palavra para definir a ofensiva texana. O ataque consegue reunir potência para bater homeruns, contato para colocar a bola em jogo e velocidade para correr as bases. Ao olhar para a lineup dos Rangers, é difícil encontrar um ponto fraco. Para começar o jogo, Ian Kinsler é um ótimo leadoff e Elvis Andrus tem muita velocidade. Depois, uma sequência que causa pesadelos nos pitchers adversários: Josh Hamilton, Michael Young e Adrian Beltre podem mudar o jogo em um único at bat. Isso sem falar de Nelson Cruz, o grande personagem da equipe nesses playoffs. Até mesmo nomes menos expressivos como Mike Napoli e David Murphy vêm tendo excelentes atuações ofensivas nas últimas partidas e têm sido peças importantes. Ao que parece, a única fraqueza será a posição de pitcher rebatendo. E quando 8 de seus 9 rebatedores impõem respeito, é sinal que a defesa adversária deve se preocupar.

– Saint Louis Cardinals
O ataque dos Cardinals pode não ser tão “recheado” como o dos Rangers. Porém, não há como duvidar que essa ofensiva pode dar conta do recado e bater qualquer adversário que enfrentar. Os números provam isso: os Cardinals têm a melhor average desses playoffs e foram a equipe da National League que mais anotou corridas na temporada regular. Além disso, Lance Berkman e Matt Holliday (mesmo estando meio “baleado”) são capazes de impulsionar o ataque e decidir jogos. Yadier Molina pode dar alguma vida à parte baixa da lineup. David Freese faz uma pós-temporada fantástica e tem sido o grande destaque da equipe. Isso sem falar de Albert Pujols, que dispensa comentários. Portanto, não é tarefa fácil segurar esse ataque.

Vantagem: Rangers!



Apesar de um confronto equilibrado, os Rangers parecem ter certo favoritismo: números, jogadores e desempenho provam isso. Porém, tratando-se de playoffs, qualquer previsão é um mero palpite. Os Cardinals foram os patinhos feios contra os Phillies e até contra os Brewers. Olha só até onde chegaram.
Texas ou Saint Louis, não há como saber quem vai levar a melhor. Mas, pelo menos uma coisa é certa: a série será grandiosa e, mais uma vez, a história da MLB ganhará um novo capítulo.

Autor do post

Blog do Beisebol (Guilherme Shiniti)


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