Prévia: AL Central 2012

Continuando a série de prévias para 2012. Desta vez, temos a divisão central da American League como protagonista.



Previsão da classificação:
1º) Detroit Tigers
2º) Cleveland Indians
3º) Kansas City Royals
4º) Chicago White Sox
5º) Minnesota Twins



1º – Detroit Tigers (99 vitórias)
Não há motivos para mexer em time que está ganhando, a menos que você o fortaleça ainda mais. E foi exatamente isso que os Tigers fizeram. Após levarem o título da divisão em 2011, Detroit correu atrás de um reforço de peso. Muito peso. Deixando de lado o alto preço pago e levando em conta apenas a qualidade, Prince Fielder chega para fortalecer uma lineup que já era boa. Miguel Cabrera será movido para a terceira base e, embora a defesa perca em qualidade, enfrentar Cabrera e Fielder é uma tarefa ingrata para qualquer adversário. E não é só isso. O outfield é jovem e recheado de talento: Austin Jackson adiciona velocidade e se conseguir mais walks e menos strikeouts será um grande leadoff, enquanto Brennan Boesch vem melhorando a cada temporada e Delmon Young já mostrou em Minnesota o que é capaz de fazer. Ainda entram na conta Jhonny Peralta, um dos melhores shortstops ofensivos, e Alex Avilla, que fez um excelente trabalho como catcher em 2011. A falta de Victor Martinez, lesionado, não deverá ser tão sentida.
A rotação também é boa e conta com o pitcher do momento, Justin Verlander. Doug Fister é bom e fez um trabalho espetacular desde que se mudou para Detroit. Max Scherzer é consistente. As dúvidas estão no final da rotação, com Rick Porcello tentando finalmente estourar e o novato Drew Smyly estreando na liga. O bullpen foi reforçado com a vinda do experiente Octavio Dotel, que se junta a Joaquin Benoit, Al Alburquerque e o closer Jose Valverde, formando um conjunto de reservas respeitável.
Além de ter melhorado ainda mais a equipe, os adversários da divisão não fizeram grandes movimentações, portanto



2º – Cleveland Indians (82 vitórias)
Após começar a temporada de 2011 de maneira surpreendente, os Indians não tiveram fôlego para manter a boa campanha e acabaram ficando de fora dos playoffs. Para 2012, poucas mudanças foram feitas e a equipe aposta na volta por cima de alguns jogadores. Na rotação, Justin Masterson é o nome a ser observado, após um excelente ano. Ubaldo Jimenez decepcionou em 2011, mas agora já está adaptado ao time e tudo indica que voltará a jogar em alto nível. Josh Tomlin tem tudo para evoluir, enquanto a vinda de Derek Lowe proporciona experiência, mas a qualidade já não é mais a mesma. Fausto Carmona ainda tem pendências para resolver na República Dominicana, após ser acusado de falsidade ideológica e dificilmente jogará neste ano.
O bullpen é o ponto forte da franquia. Chris Perez prega alguns sustos, mas consegue fechar os jogos. Vinnie Pestano está sendo preparado para ser um futuro closer e já demonstrou que tem as credenciais para isso. Tony Sipp e Rafael Perez são os canhotos de confiança, além de Joe Smith, que vem de bom desempenho em 2011.
O ataque também é capaz de surpreender e “fazer uma graça”. Porém, isso dependerá de recuperação de Shin-Soo Choo e Travis Hafner, que sofreram com lesões na temporada passada. Choo é um outfielder de elite, enquanto Hafner tem uma força monstruosa. Carlos Santana demonstrou que é talentoso e 2012 será o ano para se firmar como grande jogador. Asdrubal Cabrera surpreendeu e parece ter atingido seu auge. Jason Kipnis e Lonnie Chisenhall podem explodir e, se isso acontecer, os Indians terão uma equipe bem respeitável.
Apesar de uma possível melhora em relação à temporada passada, os Indians ainda não têm condições de competir pelo título da divisão com os Tigers.



3º – Kansas City Royals (77 vitórias)
Um dos times mais promissores em toda a MLB é, sem dúvida, os Royals. Após anos sendo o saco de pancadas na AL Central, a franquia montou uma farm cheia de bons prospects, que estão prestes a chegar na MLB. Infelizmente, 2012 ainda não será o ano de todos eles.
A lineup é bastante promissora: Eric Hosmer teve uma temporada de estreia excelente e deve progredir ainda mais, após destruir no Spring Training. Mike Moustakas terá seu primeiro ano completo na MLB e é um dos prospects mais completos. Alex Gordon finalmente correspondeu às expectativas e de quebra levou uma Gold Glove. Jeff Francoeur e Billy Buttler sempre são garantia de produção.
O ponto fraco da equipe ainda é a rotação. Luke Hochevar será o responsável por liderar os starters, ao lado do experiente Bruce Chen. A troca por Jonathan Sanchez poderá valer bons frutos, já que o pitcher tem muito potencial. Se Sanchez for capaz de manter-se constante, tem totais condições de ser o melhor arremessador do time. Luis Mendonza e Danny Duffy são as apostas para a parte final da rotação.
O bullpen terá um desfalque gigante, já que o closer Joakim Soria teve problemas e passará por uma cirurgia que o deixará de fora da temporada. O posto de fechador deve cair no colo de Jonathan Broxton, adquirido na inter-temporada e que teve anos dourados no Dodgers até enfrentar algumas lesões. Aaron Crow e Greg Holland têm pouca experiência na MLB, mas fizeram ótimas campanhas em 2011 e formam uma boa dupla para a 8ª entrada.
Com certeza os Royals terão uma melhora em 2012 e os jovens terão oportunidade de mostrar serviço. Kansas tem um dos times mais excitantes de se assistir. Dentro de 2 ou 3 anos, essa equipe terá tudo para sonhar alto.



4º – Chicago White Sox (73 vitórias)
A situação pelos lados de Chicago não anda nada boa. Após uma temporada de altos e baixos em 2011, o ano de 2012 parece ser de sofrimento para os torcedores dos meias brancas. O manager Ozzie Guillen se mandou para Miami e levou consigo o ace Mark Buehrle. Para piorar, o closer Sergio Santos também foi embora.
A lineup é um mix de experiência e inexperiência. Jogadores como Dayan Viciedo, Alejandro de Aza e Brent Morel quase não jogaram na MLB e serão titulares em 2012. Por outro lado, Adam Dunn, A.J. Pierzynski e Paul Konerko estão há mais de uma década na liga. O problema é que as únicas garantias de produção parecem ser Alexei Ramirez e Konerko. Dunn deveria ser o power hitter desse time, mas bateu apenas 11 home runs em 2011. Alex Rios é muito irregular e agora terá a sombra de Kosuke Fukudome esperando para roubar sua vaga. Enfim, a ofensiva é limitada e não se pode esperar muita produtividade, a menos que os jovens surpreendam e os veteranos voltem aos seus melhores dias.
O bullpen também é uma incógnita. Sem um closer definido, Jesse Crain parece ser o nome mais indicado, já que Matt Thorton, apesar do belo trabalho como setup, falhou nas oportunidades que teve de fechar jogos. Addsion Reed é um jovem com todas as credenciais para ser o fechador, mas a falta de experiência deverá ser um empecilho. Muitos relievers serão lançados nesta temporada. Zach Stewart, Hector Santiago e Nate Jones têm menos de 20 jogos somados.
Se algum setor pode dar alguma esperança, é a rotação. Com a saída de Buehrle, John Danks assume o papel de ace e deverá comer muitas entradas, assim como Gavin Floyd, muito sólido. Jake Peavy é talentoso, mas seus anos de Padres ficaram para trás. Se ele conseguir voltar à velha forma será um reforço e tanto. 2011 foi o primeiro ano de verdade de Philip Humber na MLB e ele fez seu papel muito bem. Se repetir a mesma campanha, estará de ótimo tamanho. E, por fim, temos Chris Sale, que nunca começou uma partida na MLB… mas o cara é bom. Muito bom.
Enfim, o corpo de arremessadores titulares é, no mínimo, confiável. Resta saber se os outros setores vão corresponder. Porém, playoffs em 2012 parece ser uma utopia.



5º – Minnesota Twins (70 vitórias)
2011 foi um fracasso pelos lados de Minnesota. Apenas 63 vitórias, um número que não reflete a verdadeira capacidade da equipe. Lesões foram as principais responsáveis pela queda de produção dos Twins. Em 2012, dias melhores devem vir, mas o elenco atual não se compara ao dois anos atrás, quando a franquia foi campeã da divisão.
A lineup começa a temporada bastante contestada. Michael Cuddyer e Jason Kubel foram embora. O infield não apresenta muita qualidade ofensiva, com Jamie Carroll e Alexi Casilla. Danny Valencia pode ser a surpresa. O que não se nega é que as grandes estrelas precisam voltar à boa forma. Joe Mauer e Justin Morneau enfrentaram lesões nas últimas temporadas e são fundamentais para que o time produza corridas. O boa notícia foi a vinda de Josh Willingham, que teve a melhor temporada de sua carreira nos A’s em 2011 e adiciona potência ao ataque.
A rotação continua sendo o calcanhar de Aquiles. Francamente, esse setor é muito fraco. Carl Pavano é um comedor de innings e só. Nunca teve a stuff para ser um ace de verdade. Francisco Liriano tem potencial, mas é muito irregular. Nick Blackburn e Jason Marquis são jogadores na média. Scott Baker começará a temporada na DL, mas é o cara mais confiável dos cinco. Com um grupo de starters assim, o ataque fica sobrecarregado e fica difícil ganhar jogos.
O bullpen não fede nem cheira. Ao longo de sua carreira, Matt Capps sempre foi um fechador de altos e baixos. Glen Perkins é o setup e esse foi o homem de confiança em 2011. Brian Duensing, Alex Burnett e Anthony Swarzak também estão no bolo.
Os torcedores dos Twins não devem esperar muita coisa para 2012. O time continua fraco, mas não deve ir tão mal quanto ano passado.



VEJA TAMBÉM:
– Prévia da AL East
– Prévia da AL West
– Prévia da NL East
– Prévia da NL Central
– Prévia da NL West

Autor do post

Blog do Beisebol (Guilherme Shiniti)


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