Novela Fielder acaba em Detroit

Prince Fielder nos Tigers

Depois de meses e mais meses. Especulações e mais especulações. Boatos de um lado, rumores de outro e diversos encontros entre o jogador e seu empresário com os times. Finalmente, a saga de Prince Fielder no mercado de Free Agents chegou ao fim.



Ao final da temporada de 2011, Fielder tornou-se free agent. O primeira base de 27 anos, titular desde 2006 no Milwaukee Brewers, havia acumulado ao longo da carreira 230 home runs (média de 38 por temporada) e 656 RBIs (média de 109), com um slugging de .540. Somados a esses números, estão 3 convocações para o All-Star Game e 2 prêmios de Silver Slugger. Traduzindo em palavras, Fielder seria, nos últimos anos, o primeira base mais produtivo da NL, não fosse a presença de um sujeito chamado Albert Pujols.

Credenciais como essas indicavam uma coisa: o contrato que Prince assinaria nessa offseason seria monstruoso. Ficar em Milwaukee foi prontamente descartado, já que o time ofereceu uma salary arbitration, mas o jogador recusou. Foi então que toda a novela começou. Reuniões com os possíveis times e uma imensidão de especulações sobre qual seria o destino de Fielder ganharam os maiores holofotes durante a intertemporada. Os nomes mais citados para receber o grandalhão foram Washington Nationals, Seattle Mariners, Chicago Cubs e Toronto Blue Jays. Com a ida de Pujols para o Los Angeles Angels, o Texas Rangers também correu atrás de Prince, para bater de frente com os rivais.

A surpresa apareceu nesta terça-feira. Sem ser uma das franquias mais citadas, o Detroit Tigers surgiu e levou o “leilão” pelo jogador. Seu empresário, Scott Boras, conhecido por conseguir contratos enormes para seus clientes e por convencer times a realizarem “loucuras” em suas folhas de pagamento, confirmou sua fama. O acordo entre o primeira base e os tigres foi de US$214 milhões por 9 anos. Esse foi apenas o quarto contrato na história a quebrar a casa dos 200 milhões (dois pertencem à Alex Rodriguez com os Yankees, o outro à Pujols e Angels).

Tudo indica que a contusão de Victor Martinez, que o deixará de fora da temporada de 2012, foi um dos fatores determinantes para os Tigers correrem atrás de Fielder. Detroit já conta com o excelente Miguel Cabrera como primeira base, porém, com o novo contratado, ele deverá tornar-se o DH no lugar de Martinez. Em 2013, existe a possibilidade de Cabrera ir parar na terceira base.

Que o valor é gigantesco, é óbvio. Que a adição de Fielder à lineup fortalecerá e muito os Tigers no âmbito geral, também é óbvio. A grande questão é: todo esse investimento se converterá em World Series? Até quanto, com esse físico, Prince Fielder será produtivo?

Bom, daqui a cinco anos discutiremos essas perguntas.

Autor do post

Blog do Beisebol (Guilherme Shiniti)


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