A volta de Joe Nathan e a importância de sua recuperação

Joe Nathan e sua volta aos Twins

Uma nova temporada está por começar e os jogadores se preparam no Spring Training. Foco voltado, principalmente, para o desempenho das jovens promessas para o futuro e dos jogadores que voltam de lesão. No segundo caso, encontramos Joe Nathan e é exatamente sobre ele de quem vamos falar. Que é um excelente closer, ninguém duvida. Porém, ao examinar seus números mais de perto, confirmamos que ele é peça fundamental em Minnesota e sua recuperação após um ano parado é de extrema importância.

Confesso que, de certa forma, me surpreendi com algumas estatísticas. Não esperava que fosse top em tantos quesitos importantes para relievers. Para se ter noção, ele é top 2 em diversos stats, ficando atrás de apenas um closer: Mariano Rivera. Por aí já se percebe a qualidade de Nathan. Vejamos alguns números de 2004 (ano em que chegou nos Twins e tornou-se closer) até 2009 (última temporada em que atuou) para ilustrar a situação na MLB:


– Líder em saves com 246 (média de 41 por temporada), à frente de Rivera (243), Francisco Rodriguez (241) e Trevor Hoffman (239);

– Melhor ERA de 1.87, à frente de Rivera (1.90), Billy Wagner (2.16) e Francisco Rodriguez (2.46);

– Segunda melhor média de saves/blown save com 9.84 saves para cada blown. Atrás de Rivera com 13.5;

– Quarto melhor K/9 com 11.14, atrás de Brad Lidge (12.51), Jotathan Broxton (11.92) e Francisco Rodriguez (11.61);

– Terceiro melhor K/BB com 4.32, atrás de Rivera (5.37) e Wagner (4.57);

– Melhor WHIP de 0.93, à frente de Rivera (0.94) e Wagner (0.96);

– Segundo maior WAR acumulado de 15.1, atrás dos 15.4 de Rivera;

– Segundo WPA com 23.15, atrás de Rivera (23.62).

*OBS: Levando em conta jogadores com pelo menos 300 entradas arremessadas no período (média de 50 por temporada).

Os números mostram o quão eficiente ele tem sido ao longo dos anos em Minnesota. São poucos os closers que acumularam stats tão bons quanto os de Nathan. Quatro temporadas com mais de 35 saves e ERA menor que 2.00 no currículo são dignos de respeito. É claro que nem sempre estatísticas são os fatores mais importantes, afinal ele não é tão bom ou melhor que Mariano Rivera (well, alguns até podem achar que sim). E ainda existem outros relievers que não entraram na conta por serem de uma geração mais nova, como Joakim Soria, Carlos Marmol e Jonathan Papelbon, além dos jovens Neftali Feliz e Andrew Bailey.

A vida de closer é difícil. Cerca de 25% dos jogos podem acabar nas mãos destes jogadores, que em uma entrada podem levar a equipe a vitória ou atingir a derrota e sair como culpados. Joe Nathan faz seu trabalho como poucos. Se os Twins querem algo a mais em 2011, precisam dele. A divisão central da AL promete ser muito disputada, com três possíveis concorrentes ao título de divisão. E caso Minnesota chegue novamente aos playoffs, ter um closer de confiança é fundamental para se obter sucesso nas séries, isso nunca foi segredo. Resta saber se aos 36 anos e após passar por uma Tommy John, Nathan vai continuar a ser o closer eficiente e dominante que sempre foi.

Autor do post

Blog do Beisebol (Guilherme Shiniti)


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